domingo, 7 de dezembro de 2008


É natural, pois, que um velho desejo meu se inscreva no rol das legítimas expectativas de quantos, tendo-se conhecido no Ultramar, uma vez desmobilizados não mais voltaram a ver-se.
Acontece que, como em muitas outras unidades, também o pessoal do Bat.280 vem promovendo almoços-convívio. Fui a um desses almoços mas não encontrei aí um só dos meus velhos companheiros do ‘Grupo de Nóqui’. O meu desencanto foi tal que, para não sofrer nova decepção, não voltei aos almoços do Batalhão a cujo prestígio não foi estranha a actividade do seu grupo de ‘comandos’.
Deu-se porém o caso, poucos meses atrás, de ter eu tido conhecimento e ter ido participar no primeiríssimo almoço-convívio da 1ª.Compª.de Comandos de Angola (CIC-Luanda), de que foi comandante o então Capitão Raul Folques e em que estive integrado de 1965 a 67 – tinham-se passado 41 anos…
Este reencontro da 1ª.Compª., que também ele parecia votado às urtigas, veio reavivar o meu desejo de rever a malta do ‘Grupo de Nóqui’. Alguns deles por certo estarão já a fazer tijolo, dado que a média das idades roça agora os 70 anos. Entretanto, de todos eles, só descobri o alferes Vieira Pereira. Ainda tentei contactar os outros quatro da lista de endereços que me fora facultada pelo Coronel ‘comando’João J.M.M.Ventosa, mas apenas o ‘Juca’ e o filho do Norberto me responderam. Imagino que, dos que restam, alguns estarão em novas moradas, quiçá em lares de idosos…

Não obstante os silêncios (e nestes o visível alheamento de quem, com resultados, poderia encabeçar a iniciativa), continuo a acreditar que valeria a pena promover o reencontro dos ‘dinossauros’, já do foro de uma certa arqueologia militar por vir desenterrar e sentar à mesma mesa as ossadas sobre as quais se ergueu esta tropa de ‘comandos’ que, por mais duas gerações, se veio perpetuando. Todavia, a iniciativa só poderia ser levada a cabo com êxito por entidade que disponha dos necessários meios de rastreio.
Posto isto, e porque é agora… ou nunca!, apenas me resta deixar aqui a relação de nomes e graduação dos elementos do primitivo ‘Grupo de Nóqui’, tal como constam da História do Batalhão 280, a páginas 87/88:

. Alf.Mil. - João Vieira Pereira
. 2º.S.Mil.- António Manuel Marques Faria
. Fur.Mil. - António Augusto de Oliveira Leal
. Fur.Mil. - Vítor Manuel do Carmo Santos
. 1º.Cabo 671/59 - António Godinho Luís
. 1º.Cabo1125/59 - Américo Lopes Gonçalves
. 1º.Cabo 803/61 - Manuel Rocha Moreira
. 1º.Cabo 896/61 - Armando Isidro dos Santos
. 1º.Cabo 897/61 - Manuel Mendes da Mata
. 1º.Cabo 453/61 - Norberto Correia Evangelista
. 1º.Cabo 470/61 - Alfredo Alves Gomes
. 1º.Cabo 471/61 - Fernando Damião Martins Ferreira
. Soldado 804/61 - António Fernando Coelho Rodrigues
. Soldado 892/61 - Abel de Jesus Loureiro
. Soldado 158/EP- Álvaro Augusto
. Soldado 572/61 - Armando Adriano Ramos
. Soldado 614/61 - António Augusto Fernandes Forneiro
. Soldado 558/61 - Luís António Teixeira
. Soldado 606/61 - Abílio Teixeira



Bem hajam!

- “MAMA SUMÉ” –


P.S. - A história do ‘Grupo de Nóqui’ encontra-se romanceada no livro “O Cair das Máscaras”, de Marcos Vilalva (pseudº.) – marcos.vilalva@hotmail.com ;
http://www.marcosvilalva.blogspot.com/ .